Com crise e desemprego, pacientes sem plano de saúde querem alternativas de atendimento
Alzenar Abreu
Atendimentos médicos que não contemplam adesão aos planos de saúde convencionais tiveram, nos últimos seis meses, crescimento na demanda de 50 %. São consultas eletivas (programadas) e também a oferta de exames agendados, em clínicas parceiras. Os preços são atrativos: exames podem chegar a R$ 9 e consultas a partir de R$ 80 com 21 especialidades médicas e equipes credenciadas pelo Conselho Regional de Medicina do estado de goiás (Cremego).
O atendimento não contempla urgência, emergência nem internações. Mas atende oferta de exames de todas as complexidades. “Desde um hemograma até uma angiorressonância (exame que estuda artérias e veias)”, explica Rafael Mohn, diretor de uma clínica que atende na região de Campinas.
Com o aumento do desemprego, em função da pandemia, quem tinha plano de saúde ficou desassistido. A proposta desse modelo de atendimento é, justamente, atrair um público que não deseja pagar mensalidades que giram em torno de R$ 650 a R$.4777 (valor médio para duas pessoas). em alguns planos de saúde convencionais é necessário que o credenciado, além da mensalidade, pague parte da consulta ou exame, são os chamados planos com coparticipação.
As clínicas populares podem oferecer vantagens como atendimento agendado, sem fila de espera e exames com valores mais em conta em estabelecimentos credenciados. isso porque, segundo diretores desse segmento o fluxo é maior com a indicação do laboratório parceiro. Com maior demanda, o preço ofertado fica mais em conta.
A depender do serviço contratado, um hemograma pode chegar a R$ 9 em laboratórios que respeitam todas as regras sanitárias e protocolos de saúde para adequado funcionamento.
Os públicos mais atendidos não querem aguardar vagas pelo Sistema Único de Saúde (SuS) e se valem da modalidade para consultas rotineiras. por conta da campanha ‘Outubro Rosa’ (conscientização para exames contra o câncer de mama), por exemplo, muitas mulheres buscaram essas clínicas pesquisadas pelo O Hoje.
Elas fizeram consultas ginecológicas, colheram exames preventivos e realizaram as mamografias em clínicas parceiras. Cada consulta tem direito a retorno com 15 dias. para levar exames e dar prosseguimento ao diagnóstico e tratamento.
Fonte: O Hoje